sexta-feira, 31 de maio de 2013

O inicio do sonho...

Era verdade, o teste dava positivo, mas tinha tanto medo....tanto medo....que alguma coisa corresse mal....

Eu e o meu marido estávamos um pouco como que em negação, não queríamos acreditar que tínhamos conseguido tão rápido...íamos ter o nosso bebé, o nosso tão desejado bebé. Enviei e-mail à minha GO, que respondeu que a fosse visitar às 5 ou 6 semanas, para fazermos uma primeira eco. Nos primeiros tempos, apenas sentia a barriga um pouco inchada, as mamas doíam bastante, mas mais nada. Não havia alterações no corpo significativas...e nada de enjoos.  A verdade é que era muito cedo, tinha descoberto que estava grávida dois dias antes de fazer 4 semanas...

Devo confessar que é um misto de sentimentos, estava tão feliz, imaginava que ia ser mãe em Dezembro, fazia contas se no Verão já teria uma barriguinha que se visse, afinal as roupas de Verão pareciam ser muito mais bonitas. As 12 semanas completaria a 3 de Junho e aí já poderia contar ao Mundo que estava grávida!! Que finalmente ia ser mamã, uma grávida orgulhosa da sua condição.

Fui à GO com 5 semanas e 3 dias, o que se revelou ser cedo de mais porque não conseguimos ainda ouvir batimentos cardíacos, nem ver o embrião, apenas o saquinho. E a médica detectou um coágulo no útero. Não me preocupou com isso, disse apenas que teria tido uma ovulação dolorosa e que numa situação normal teria o período e o coágulo sairia sem problemas, mas como estava grávida, este teria de sair ou então ser absorvido pelo corpo. Recomendou-me repouso, mas não total, poderia trabalhar porque passo a maior parte do dia sentada, mas nada de esforços, nada de andar muito. E queria ver-me novamente na 2ª feira seguinte, quando teria 6 semanas e um dia, para controlar o coágulo e ouvirmos os batimentos, Assim foi, nova eco e o embrião estava lá, com 4mm, e os batimentos a 115 bpm. Que alegria, que emoção...o coágulo esse continuava lá mas ligeiramente mais pequeno, ainda que eu não tivesse tido qualquer perda. Indicações de continuar o repouso e pediu para voltar a ver-me às 10 semanas, para vermos o tamanho do coágulo e aí decidirmos se faríamos nova consulta às 12 ou 13 semanas.

Muito bem, assim faria. Os enjoos chegaram em força, eram uma espécie de estado de espirito, só ficava bem nos momentos em que estava a comer. Nunca vomitei, mas estava sempre enjoada. Tomava nausef de manhã e à noite e ia controlando os enjoos com bolachas de água e sal. Não tinha dores e muito menos qualquer perda de sangue, apesar de contar que tal pudesse acontecer devido ao coágulo.

Passou-se a semana 7, a semana 8, a barriga a crescer exponencialmente, a sério, uma bolinha redondinha em baixo, era difícil esconder. Tive de adaptar o meu guarda roupa, chegando a comprar dois pares de calças na H&M, porque as minhas já não me serviam. Mas fui escondendo, porque queria muito esperar pelas 12 semanas.
Claro que partilhei com a família próxima, pais e irmãos, porque sempre pensei que estavam cá quer para os momentos bons como para os momentos maus.

Acabou por saber a minha chefe e outra colega de trabalho, porque assim era mais fácil "gerir a situação".

No final da 8ª semana mandei e-mail à médica a pedir conselhos de como gerir o sono desmedido com que andava, era desesperante nunca me tinha sentido assim. De repente o corpo parecia querer desligar e era tarefa quase impossível manter os olhos abertos. Perguntei se haviam algumas vitaminas milagrosas que me ajudassem...a GO mandou comprar Matervita e pediu que antecipasse uma semana a eco, faríamos o controlo do coágulo à 9ª semana...

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